segunda-feira, 29 de maio de 2023

Permissões em Linux - Forma Numérica

Três ficheiros com permissões de nível 4, 2 e 1

Índice de conteúdo:

  1. O que é isso de permissões de arquivos em Linux?
  2. Modo numérico de atribuir ou remover permissões
  3. Como alterar permissões

O que é isso de permissões de arquivos em Linux?

As permissões de arquivos no sistema Linux determinam quem pode ou não ter acesso a um determinado ficheiro, ou diretório no sistema e quais as permissões concedidas como sendo editar, visualizar e executar.

As permissões de arquivos em Linux são fundamentais para a segurança do sistema e privacidade do utilizador, pois ajudam a proteger arquivos contra acesso ou modificações não autorizadas.

Estas permissões têm grande importância no sentido em que cada tipo de ficheiro ou pasta tem consoante sendo do sistema ou do utilizador permissões que apenas permitem ser manipuladas ou alteradas pelo dono/possuidor do arquivo ou root.

Neste laboratório vamos falar da forma numérica de atribuir permissões de acesso a pastas e ficheiros, exemplificando passo a passo como funcionam e como alterá-las consoante as nossas necessidades.

Veja também: Permissões em Diretórios e Ficheiros em Linux - Forma Simbólica

Modo numérico de representar permissões

As permissões de ficheiro em Linux são numéricas quando são representadas por números.

Na forma numérica as permissões são representadas por três dígitos mais 0 e cada dígito corresponde a uma determinada permissão. O zero retira permissões. Nisso temos o seguinte:

  • 4 - (r) este dígito dá ao usuário a permissão para visualizar o ficheiro.
  • 2 - (w) este dá ao usuário a permissão para alterar o ficheiro, seja editar ou deletar.
  • 1 - (x) este dígito dá ao usuário a permissão para executar o ficheiro. Um programa, por exemplo
  • 0 - Este dígito retira uma determinada permissão no ficheiro.

A adição entre os três dígitos (4, 2 e 1) confere permissões a um dado usuário ou grupo de usuários num determinado ficheiro ou directório enquanto o 0 retira permissões.

  • 7 = rwx - permite visualizar, alterar e executar o ficheiro.
  • 6 = rw- - permite visualizar e alterar o ficheiro.
  • 5 = r-x - permite visualizar e executar o ficheiro.
  • 4 = r-- - permite visualizar o ficheiro.
  • 3 = -wx - permite alterar e executar o ficheiro.
  • 2 = -w- - permite alterar o ficheiro.
  • 1 = --x - permite executar o ficheiro.
  • 0 = --- - retira todas as permissões no ficheiro.

No exemplo apresentado na tabela nº 1 um determinado ficheiro tem as permissões de 766

  • Ao usuário foi atribuída a permissão de nível 7, o que corresponde a 4 + 2 + 1 que são (read, write e execute, respetivamente).
  • Ao grupo foi atribuída a permissão de nível 6, o que corresponde a 4 + 2 + 0 (read, write. A permissão de executar foi retirada, daí a existência do 0 no seu lugar).
  • Aos outros usuários foi atribuída a permissão de nível 6 também, o que corresponde a 4 + 2 + 0, que são (read, write. A permissão de executar foi retirada, daí também a existência do 0 no seu lugar).
Tabela nº 1 permissão 766
readwriteexecutepermissões
usuário4217
grupo4206
outros4206
Permissões766

No exemplo apresentado na tabela nº 2 um determinado ficheiro tem as permissões de 755

  • Ao usuário foi atribuída a permissão de nível 7, o que corresponde a 4 + 2 + 1 que são (read, write e execute, respetivamente).
  • Ao grupo foi atribuída a permissão de nível 5, o que corresponde a 4 + 0 + 1 (read, execute. A permissão 'write' foi retirada, daí a existência do 0 no seu lugar).
  • Aos outros usuários foi atribuída a permissão de nível 5 também, o que corresponde a 4 + 0 + 1 (read, execute. A permissão 'write' foi retirada, daí a existência do 0 no seu lugar).
Tabela nº 2 permissão 755
readwriteexecutepermissões
usuário4217
grupo4015
outros4015
Permissões755

No exemplo apresentado na tabela nº 3 um determinado ficheiro tem as permissões de 610

  • Ao usuário foi atribuída a permissão de nível 6, o que corresponde a 4 + 2 + 0 que são (read e write. A permissão de executar foi-lhe retirada como se poderá notar pelo 0 no seu lugar).
  • Ao grupo foi atribuída a permissão de nível 1, o que corresponde a 0 + 0 + 1 (execute. As permissões 'read' e 'write' foram retiradas, daí a existência do 0 nos seus lugares).
  • Aos outros utilizadores foram-lhes retiradas todas as permissões, o que corresponde a 0 + 0 + 0 (As permissões 'read', 'write' e 'execute' foram retiradas, daí a existência do 0 nos seus lugares).
Tabela nº 3 permissão 610
readwriteexecutepermissões
usuário4206
grupo0011
outros0000
Permissões610

Como alterar permissões

Vamos explorar isso na prática para vermos como funciona.

Aqui, estando dentro da pasta Aniversarios (estou usando como exemplo pastas criadas num post anterior: Criar diretórios em terminal Linux do simples ao complexo) e correndo o comando $ ls, o que vemos com este comando é uma lista do conteúdo dentro da pasta Aniversarios sem nenhuma outra informação adicional.

Comando ls, mostrando o conteúdo da pasta Aniversarios

Para obtermos mais informações sobre o conteúdo temos de usar a opção -l junto ao comando ls e correndo o comando $ ls -l, vemos a lista das pastas: Amigos, Filhos, Pais, Trabalho e um ficheiro .txt de nome aniversarios com as respectivas metadados que trazem muitas informações sobre o ficheiro ou diretório e nessas informações temos as seguintes permissões concedidas:

Comando ls com a opção -l, mostrando o conteúdo da pasta Aniversarios assim como os metadados

Se pegarmos da imagem acima vemos o seguinte:

  • No diretório Amigos
    • O usuário (u) que é o dono, tem as permissões de visualizar, alterar e executar: rwx o mesmo que permissão nível 7
    • O grupo (g) que são os usuários que o dono adicionou ao seu grupo, tem as permissões de visualizar e executar: rx, o mesmo que permissão nível 5
    • Outros (o) usuários do sistema têm a permissão de visualizar e executar: rx, o mesmo que permissão nível 5
  • No ficheiro aniversarios.txt
    • O usuário (u) que é o dono, tem as permissões de visualizar e alterar: 6
    • O grupo (g) que são os usuários que o dono adicionou ao seu grupo, só tem a permissão de visualizar: 4
    • Outros (o) usuários do sistema têm unicamente a permissão de visualizar: 4

Nas permissões de um directório, o 1 que corresponde ao (x) (executar) na forma simbólica, permite-nos fazer cd (change directory) e entrar no diretório ou obter a lista do conteúdo do directório com ls .

Para alterar permissões usamos o comando chmod (change file mode). Se quiseres saber mais sobre este comando é só ler o manual do mesmo usando o comando man chmod

Vamos alterar as permissões no ficheiro aniversarios.txt e vamos retirar a permissão de visualização para o grupo e todos os outros (o) utilizadores do sistema.

chmod 600 aniversarios.txt
Exemplo, alterando as permissões do ficheiro aniversarios.txt: Comando chmod 600

Agora vamos alterar as permissões no ficheiro aniversarios.txt e vamos atribuir a permissão de visualização para o grupo (g).

chmod 640 aniversarios.txt
Exemplo, alterando as permissões do ficheiro aniversarios.txt: comando chmod 640

Agora vamos alterar as permissões nos diretórios Filhos e Pais e vamos retirar a permissão de visualização para outros (o).

chmod 751 Filhos/ Pais/
Exemplo, alterando as permissões dos directórios Filhos e Pais, comando chmod 751

Agora vamos alterar as permissões nos diretórios Filhos e Pais e vamos retirar a permissão de visualização para o grupo (g).

chmod 711 Filhos/
Exemplo, alterando as permissões dos directórios Filhos e Pais, comando chmod 711

Agora vamos alterar as permissões nos diretórios Filhos e Pais e vamos atribuir as permissão de visualizar e executar para o grupo (g) e outros (o).

chmod 755 Filhos/ Pais/
Exemplo, alterando as permissões dos directórios Filhos e Pais, comando chmod 755

Neste post falamos sobre Permissões Numéricas, já num outro tínhamos falado sobre Permissões Simbólicas caso queira dar um golpe de vista. Espero que este post tenha servido de alguma utilidade para o entendimento das permissões. Obrigado por cá estares.

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segunda-feira, 22 de maio de 2023

Permissões em Directórios e Ficheiros em Linux - Forma Simbólica

Índice de conteúdo:

  1. O que é isso de permissões de arquivos em Linux?
  2. Modo simbólico de representar permissões
  3. Como alterar permissões

O que é isso de permissões de arquivos em Linux?

As permissões de arquivos é algo muito importante nos sistemas Linux pois determinam quem pode ou não ter acesso a um determinado ficheiro ou diretório no sistema e quais as permissões concedidas como sendo editar, visualizar e executar.

As permissões de arquivos em Linux são fundamentais para a segurança do sistema e privacidade do utilizador, pois ajuda a proteger arquivos contra acesso ou modificação não autorizado.

Estas permissões têm grande importância no sentido em que cada tipo de ficheiro ou pasta tem consoante sendo do sistema ou do utilizador permissões que apenas permitem ser manipuladas ou alteradas pelo dono/possuidor do arquivo.

Neste laboratório vamos falar de permissões de pastas e ficheiros, exemplificando passo a passo como funcionam e como alterá-las consoante as nossas necessidades.

Modo simbólico de representar permissões

As permissões dizem-se em modo simbólica quando usuários e permissões são representados por letras (u, g, o para usuários e r, w, x para permissões)

Cada permissão pode ser controlada em três níveis de utilizadores:

  • u (user = utilizador): Este é o dono do ficheiro.
  • g (group = grupo): Grupo de trabalho, por exemplo.
  • o (others = outros): Qualquer outro utilizador no sistema.

Existem três tipos de permissões de arquivo no Linux

  • r (read = ler): Permite visualizar um ficheiro.
  • w (write = escrever): Permite escrever ou modificar e até apagar um ficheiro ou diretório.
  • x (execute = executar): Dá permissão de executar um programa ou visualizar um diretório.

Vamos explorar isto na prática para vermos como funciona.

Aqui, estando dentro da pasta Aniversarios (estou usando como exemplo pastas criadas num post anterior: Criar diretórios em terminal Linux do simples ao complexo) e correndo o comando $ ls, o que vemos com este comando é uma lista do conteúdo dentro da pasta Aniversarios sem nenhuma outra informação adicional.

Para obtermos mais informações sobre o conteúdo temos de usar a opção -l junto ao comando ls e correndo o comando $ ls -l, vemos a lista das pastas: Amigos, Filhos, Pais, Trabalho e um ficheiro .txt de nome aniversarios com as respectivas metadados que trazem muitas informações sobre o ficheiro ou diretório e nessas informações temos as seguintes permissões concedidas:

Se pegarmos da imagem acima vemos o seguinte:

  • No diretório Amigos
    • O usuário (u) que é o dono, tem as permissões de visualizar, alterar e executar: rwx
    • O grupo (g) que são os usuários que o dono adicionou ao seu grupo, tem as permissões de visualizar e executar: rx
    • Outros (o) usuários do sistema têm a permissão de visualizar e executar: rx
  • No ficheiro aniversarios.txt
    • O usuário (u) que é o dono, tem as permissões de visualizar e alterar: rw
    • O grupo (g) que são os usuários que o dono adicionou ao seu grupo, só tem a permissão de visualizar: r
    • Outros (o) usuários do sistema têm unicamente a permissão de visualizar: r

A existência do x (executar) nas permissões de um diretório permite-nos fazer cd (change directory) e entrar no diretório.

Como alterar permissões

Para alterar permissões usamos o comando chmod (change file mode). Se quiseres saber mais sobre este comando é só ler o manual do mesmo usando o comando man chmod

Para remover permissões:

  • $ chmod a-r nome-do-ficheiro, remove a permissão de visualização para todos (a = all). O oposto seria a+r
  • $ chmod a-w nome-do-ficheiro, remove a permissão de alteração para todos (a = all). O oposto seria a+w
  • $ chmod g-r nome-do-ficheiro, remove a permissão de visualização para o grupo. O oposto seria g+r
  • $ chmod g-w nome-do-ficheiro, remove a permissão de alteração para o grupo. O oposto seria g+w
  • $ chmod g-x nome-do-ficheiro, remove a permissão de executar para o grupo. O oposto seria g+x
  • $ chmod g-rwx nome-do-ficheiro, pode remover todas as permissões para o grupo no ficheiro em questão. O oposto seria g+rwx.
  • $ chmod ug+rwx nome-do-ficheiro, adiciona as permissões de visualizar, modificar e executar ao usuário e ao grupo. O oposto seria ug-rwx.
  • $ chmod a+rwx nome-do-ficheiro, adiciona as permissões de visualizar, modificar e executar a todos os usuários do sistema. O oposto seria a-rwx.

Vamos alterar as permissões no ficheiro aniversarios.txt e vamos retirar a permissão de visualização para todos os outros (o) utilizadores do sistema.

chmod o-r aniversarios.txt

Agora vamos alterar as permissões no ficheiro aniversarios.txt e vamos retirar a permissão de visualização para o grupo (g).

chmod g-r aniversarios.txt

Agora vamos alterar as permissões nos diretórios Filhos e Pais e vamos retirar a permissão de visualização para o grupo (g).

chmod g-r Filhos/ Pais/

Agora vamos alterar as permissões no diretório Filhos e vamos retirar a permissão de visualização para o grupo (g).

chmod g-r Filhos/

Agora vamos alterar as permissões nos diretórios Filhos e Pais e vamos retirar a permissão de executar para o grupo (g).

chmod g-x Filhos/ Pais/

Neste post falamos sobre permissões simbólicas, para breve falaremos de permissões numéricas. Espero que este post tenha servido de alguma utilidade para o entendimento das permissões. Obrigado por cá estares.

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segunda-feira, 15 de maio de 2023

Pensando Soluções: Simulador de Nível de Água

Eu era Operador de Máquinas no Sector de Produção de Água na ELECTRA. Uma das minhas funções era controlar o Nível da água produzida e arrancar bombas de transferência para transferir parte dessa água para outros reservatórios fora da instalação de produção a partir dos quais a água é distribuída por gravidade para a população da cidade.

O controlo da evolução do nível de água era crucial pois por algum descuido o depósito de água dentro das instalações poderia transbordar levando a prejuízos de várias toneladas de água e consequente déficit na distribuição e perdas para a empresa, ou então a bombagem para o exterior poderia exceder a quantidade prevista para o reservatório externo com possível provocação de transbordo e atrapalhar o programa de distribuição acarretando prejuízos para a população de algumas zonas e também para a empresa.

Daí surgiu-me esta ideia. Isto aconteceu em 2013, estava iniciando a aprender JavaScript (linguagem de programação) e aprofundando meus conhecimentos de HTML (Hypertext Markup Language) e CSS (Cascading Style Sheets) em Codecademy

Sendo eu um iniciante, na altura foi para mim um grande desafio porque teria que criar um programa que tivesse os seguinte requisitos:

  1. Estabelecer balizas para níveis mínimos e máximos
  2. Campo de introdução do valor do nível existente no depósito principal
  3. Campos para introdução dos valores da produção horária para cada unidade de produção RO (Reverse Osmosis)
  4. Criar duas estações de bombagem de água contendo o número de bombas existentes na Instalação assim como os débitos das mesmas
  5. Interligar todos os elementos atrás referidos para poder prever a evolução do nível de água conforme a bomba ou bombas selecionadas
  6. Prever o momento em que o nível vai chegar no valor mínimo ou máximo conforme valores solicitados no ponto nº1
  7. Mostrar todos os parâmetros e resultados da simulação ao Operador.

Tecnologias usadas:

  • HTML
  • CSS
  • JavaScript

Após o tempo de testes, o aplicativo foi facultado aos Operadores que dele quisessem fazer uso.

Apresentação do Aplicativo

Como usar. Algumas instruções de uso.

Algumas informações de utilidade prática para o Operador como sendo lubrificantes de uso mais comum em alguns equipamentos da Instalação.

Primeiros passos para se iniciar uma simulação com introdução do nível existente e dos valores de produção de cada dessalinizador RO (Reverse Osmosis)

Seleção das bombas de transferência usando a Estação de Bombagem Nº1.

Efetuando uma simulação com os dados acima inseridos.

Seleção das bombas de transferência usando a Estação de Bombagem Nº1 e Nº2.

Seleção das bombas de transferência usando a Estação de Bombagem Nº2.

Reset do aplicativo, apaga o nível existente e os valores da produção horária de cada dessalinizador assim como as bombas selecionadas.

O aplicativo

Este conceito poderia/poderá ser implementado de forma a alcançar o objetivo com maior eficiência bastando usar valores captados por sensores de níveis e transmissores dos caudais de produção horária de cada Dessalinizador e Conversor Analógico-Digital para converter os valores analógicos em digitais conseguindo assim as variáveis necessárias para o processo.

segunda-feira, 8 de maio de 2023

Copiar pastas e ficheiros num computador remoto - SCP

Num post anterior: Laboratório Linux: SSH - Conectar a um Computador Remoto, foi abordada a conexão via SSH, mas e se quisermos copiar alguma pasta ou ficheiro no computador onde nos encontramos para o server ou do server para o computador onde estamos logados?

Para isso vamos usar o comando scp — OpenSSH secure file copy

scp efetua cópia de ficheiros entre hosts em uma rede e usa ssh para transferência de dados e também a mesma autenticação e segurança de uma sessão de login.

Este post faz esta abordagem com exemplos.

Índice de conteúdo:

  1. Copiar ficheiros do computador remoto para o computador local
  2. Copiar ficheiros do computador local para o computador remoto
  3. Copiar pastas do computador remoto para o computador local
  4. Copiar pastas do computador local para o computador remoto

Vamos considerar o seguinte:

  • O nome de usuário do computador remoto é: jolabremoto
  • O endereço IP do computador remoto é: 192.168.1.x
  • O nome de usuário no computador local é: jolablocal
  • O usuário jolablocal tem acesso autorizado ao computador remoto.

Copiar ficheiros do computador remoto para o computador local

  • No computador remoto tem um ficheiro que queremos copiar para o computador onde nos encontramos: relação_de_preços.ods
  • O documento relação_de_preços.ods se encontra dentro da pasta: Documentos
  • Vamos copiar relação_de_preços.ods do computador remoto para a pasta Documentos do computador onde nos encontramos

O seguinte comando vai fazer isso para nós:

$ scp jolabremoto@192.168.1.x:/home/jolabremoto/Documentos/relação_de_preços.ods Documentos

Copiar ficheiros do computador local para o computador remoto

  • No computador onde estamos logados tem um ficheiro que queremos copiar para o computador remoto: materiais.odt
  • O documento materiais.odt se encontra dentro da pasta: Documentos
  • Vamos copiar materiais.odt do computador onde nos encontramos logados para a pasta Documentos do computador remoto

O seguinte comando vai fazer isso para nós:

$ scp /home/jolablocal/Documentos/materiais.odt jolabremoto@192.168.1.x:/home/jolabremoto/Documentos

Copiar pastas do computador remoto para o computador local

  • No computador remoto tem uma pasta com muitas imagens de festa de aniversário de família e queremos mostrar essas imagens
  • Nome da pasta com imagens de aniversários: Aniversarios_2022
  • A pasta Aniversarios_2022 está dentro da pasta Aniversarios_familia que por sua vez está dentro da pasta Imagens: Imagens/Aniversarios_familia/Aniversarios_2022
  • Vamos copiar Aniversarios_2022 do computador remoto para a pasta Imagens no computador onde nos encontramos logados

O seguinte comando vai fazer isso para nós:

$ scp -r jolabremoto@192.168.1.x:/home/jolabremoto/Imagens/Aniversarios_familia/Aniversarios_2022 /home/jolablocal/Imagens

Copiar pastas do computador local para o computador remoto

Agora vamos supor que temos umas imagens de vários materias de construção que queremos copiar para o computador remoto

  • No computador local tem uma pasta com muitas imagens de materiais de construção
  • Nome da pasta: Materiais_construção
  • A pasta Materiais_construção está dentro da pasta Imagens: Imagens/Materiais_construção
  • Vamos copiar Materiais_construção do computador local para a pasta Imagens no computador remoto

O seguinte comando vai fazer isso para nós:

$ scp -r /home/jolablocal/Imagens/Materiais_construção jolabremoto@192.168.1.x:/home/jolabremoto/Imagens/

E assim chegamos ao fim de mais um post, desta vez dando sequência a publicação anterior onde fazíamos uma abordagem do SSH sobre conectar a um computador remoto e foi exemplificado com algumas conexões.

Espero que tenha gostado, até a próxima!

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terça-feira, 2 de maio de 2023

Laboratório: Live USB com Linux - Como Criar

Pen USB

Ìndice de conteúdo:

Um Live USB é um Pen Drive onde se encontra armazenado um sistema Operativo e nos permite carregar e usar o sistema sem termos a necessidade de instalá-lo, podendo também instalar o sistema a partir dele. Basta ter um Live USB e dar boot com ele conectado ao computador com BIOS configurado para dar boot pelo USB flash drive.

Um Live USB pode ou não guardar configurações ou documentos pessoais. Para que um Live USB guarde ficheiros pessoais e configurações em cada novo BOOT ele terá que ser feito com opção de armazenamento persistente

Live USB é também muito usado na recuperação de um sistema corrompido usando ferramentas de manutenção como sendo o editor gráfico de partições GParted ou Parted Magic, uma ferramenta de muita utilidade como sendo particionar, clonar, recuperação de ficheiros etc., ou SystemRescue outra ferramenta usada para reparação de sistemas e recuperação de arquivos.

Neste laboratório vamos fazer um Pen Drive Bootável contendo o Sistema Operativo Fedora Workstation 38, mas também se quiser pode usar uma distribuição Linux da tua escolha.

Requisitos:

  • Fedora Linux Workstation-38 ou outro Linux. Se ainda não baixou o Fedora faça o download agora.
  • Um computador que tanto pode ter o Windows, macOS ou Linux instalado.
  • Um Pen Drive, se tiver ficheiros gravados faça backup dos ficheiros pois no processo de criação do Live USB serão deletados.
  • Uma boa dose de boa vontade.

Fedora Media Writer

Fedora Media Writer é a ferramenta oficial do Fedora para criar Live USB e suporta Linux, macOS e Windows.

  • Através dele pode-se fazer o download direto do ficheiro .iso
  • Se já tem um ficheiro baixado no seu computador então seleciona esse ficheiro.
  • Pode-se restaurar o pen drive.
Selecionar ficheiro ou restaurar jetFlash
selecionar ficheiro

Selecionamos o ficheiro clicamos Gravar e inicia-se o processo

Ficheiro .iso selecionado.
A verificar dados

Com a instalação concluída o nosso Live USB já está pronto e podemos fazer boot do computador com ele conectado.

Criação do Live USB concluido.

UNetbootin

UNetbootin é um programa que permite criar lives USB e existem versões para Linux, Windows e macOS

Carregar um ficheiro manualmente ou então selecionar a distribuição e versão na lista para fazer download e escolha o tipo de instalação.

Selecionar a versão e distribuição para fazer download ou manualmente carregar um ficheiro

Se tem intenção de usar o sistema operativo no Live USB e quer preservar configurações feitas e ficheiros pessoais, então também selecione a quantidade de espaço que pretende para armazenar ficheiros em cada reboot. Esta função só funciona em Ubuntu

Selecionar a versão e tipo de instalação pretendida

Etapa 2: A extrair e copiar ficheiros

Etapa 2 - A extrair e copiar ficheiros

Etapa 3: A instalar carregador de arranque

Etapa 3: A instalar carregador de arranque

Etapa 4: Instalação completada. Reboot e selecione a opção boot via USB no menu do BIOS.

Instalação completada. Reboot.

Comando dd

Localizamos o node do nosso dispositivo USB com o comando $ dmesg | tail

$ dmesg | tail

[  229.991812] usbcore: registered new interface driver uas

[  231.283010] scsi 6:0:0:0: Direct-Access     JetFlash 
Transcend 4GB    8.07 PQ: 0 ANSI: 4

[  231.283957] sd 6:0:0:0: Attached scsi generic sg1 type 0

[  231.323867] sd 6:0:0:0: [sda] 7864320 512-byte logical 
blocks: (4.03 GB/3.75 GiB)

[  231.339695] sd 6:0:0:0: [sda] Mode Sense: 23 00 00 00

[  232.145747] sd 6:0:0:0: [sda] Write cache: disabled, read 
cache: enabled, doesn't support DPO or FUA

[  233.035764]  sda:

[  233.035838] sd 6:0:0:0: [sda] Attached SCSI removable disk

Ao meu dispositivo foi atribuido o nome sda, ao teu poderá ser outro, tal como "sdb" ou "sdc"

# dd if= /home/nomeUtilizador/Transferências/Fedora-Workstation-Live-x86_64-38-1.6.iso of=/dev/sda

Atenção nesta fase, no comando dd. A origem é (if=) e o destino é (of=). Se errarmos na localização do dispositivo de destino (of=) podemos destruir todos os dados no dispositivo de destino.

Terminado o processo é só fazer boot com o nosso Live USB.

Preparação do BIOS para fazer boot pelo Live USB

  • Desligue o computador
  • Remova todos os dispositivos portáteis USB ou DVD
  • Conecte o Live USB preparado numa porta USB
  • Arranque o computador
  • Se o computador não estiver configurado para dar boot automático pelo drive USB
    1. Reboot o computador (quando o computador se inicia aparece por pouco tempo uma instrução de como entrar no BIOS para configurações)
    2. Prima a tecla indicada na instrução e mantenha-a premida até aparecer o ecrã do BIOS, normalmente são estas as teclas: Escape Tab, F2, F11, F12 ou Delete
    3. Dentro do menu de configurações do BIOS altere a ordem de boot e coloque o USB drive em primeiro lugar e em segundo lugar fica o Disco Duro

Caso seja a tua primeira vez espero que você se divirta com esta nova experiência.

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