No mundo Linux, aliases são como atalhos mágicos que transformam sua experiência na linha de comando.
São como apelidos personalizados que você cria para comandos complexos ou frequentemente utilizados, permitindo que você os execute com apenas algumas teclas. Imagine a praticidade de digitar "ll" em vez de "ls -l" para listar seus arquivos de forma detalhada, ou simplesmente digitar "atualizar" em vez de "sudo dnf update" ou "sudo apt update && sudo apt upgrade" para atualizar seu sistema!
O que são Aliases
Em essência, aliases são sinônimos que nós criamos para comandos existentes. Você os define utilizando o comando alias, associando um nome curto e fácil de lembrar ao comando completo que deseja executar. Essa troca torna a digitação mais rápida e evita erros de digitação, otimizando seu tempo e produtividade.
Exemplo:
$ alias im="cd ~/Imagens"
Com o alias criado acima não precisamos de digitar "cd ~/Imagens" todas as vezes que queremos entrar no directório Imagens. Basta digitar "im" e pronto.
Para que servem
Os aliases servem para diversos propósitos, mas se destacam em três cenários principais:
- Simplificar comandos complexos: Transforme sequências longas de comandos em atalhos fáceis de lembrar, como "limpar" para apagar a tela ou "bkp" para criar um backup rápido.
- Automatizar tarefas repetitivas: Crie aliases para executar scripts, mover arquivos ou realizar ações frequentes com apenas um comando, economizando tempo e esforço.
- Personalizar a experiência do shell: Adapte o ambiente da linha de comando à sua maneira, criando aliases que reflitam seu fluxo de trabalho e preferências.
Como criar Aliases
Existem duas maneiras principais de criar aliases no Linux:
- Criação temporária:
- Utilize o comando alias seguido do nome do alias, igualdade e o comando completo.
Exemplo:
$ alias ll="ls -l"
- Esses aliases são válidos apenas na sessão atual do shell e serão perdidos ao fechar a janela.
- Utilize o comando alias seguido do nome do alias, igualdade e o comando completo.
-
Criação permanente:
Edite o arquivo de configuração do seu shell (~/.bashrc para Bash). Abra o arquivo num editor da sua preferência, pode ser no editor vim ou Vi.
Esse ficheiro faz parte de ficheiros escondidos no espaço /home/usuario e podem ser vistos com o seguinte comando:
$ ls -la ~
Para abrir o ficheiro no editor Vi ou Vim:
$ vi ~/.bashrc
- Adicione as definições de alias no final do arquivo, seguindo a mesma sintaxe do método temporário.
- Em caso de execução de mais de um comando num alias, separam-se os comandos com um ";".
17 # User specific aliases and functions 18 if [ -d ~/.bashrc.d ]; then 19 for rc in ~/.bashrc.d/*; do 20 if [ -f "$rc" ]; then 21 . "$rc" 22 fi 23 done 24 fi 25 unset rc 26 27 # Personal aliases 28 alias ll="ls -l" 29 alias atual="sudo dnf update" 30 alias img="cd ~/Pictures; ls -l"
Salve o arquivo e recarregue a configuração do shell usando o comando:
$ source ~/.bashrc
.
Processo alternativo
Podemos criar um ficheiro especificamente para nossos aliases pessoais.
- Não abarrotamento do ficheiro ~/.bashrc com muitas linhas de aliases pessoais.
- Caso tenha muitos aliases, mantê-los num único ficheiro torna-se mais prático tanto no sentido de manutenção como para fazer backup do ficheiro.
- Em caso de aumento de número, sempre pode-se criar mais ficheiros e dividir os aliases em função do objetivo de cada grupo criado, ocupando cada grupo de aliases um ficheiro independente com o nome do objetivo para o qual foi criado e poderão todos ser guardados no directório ~/.bashrc.d. Caso esse directório não existir, poderá ser criado.
Opção 1: Criar um ficheiro específico para aliases em /home/usuario
Como exemplo criamos um ficheiro no nosso espaço /home/usuario com o nome .simple_personal_aliases, pode ter um outro nome. Colocamos neste ficheiro alguns aliases, por exemplo: comandos que usamos numa base diária. Salvamos o arquivo.
Abrimos o nosso ficheiro ~/.bashrc e fazemos o source do nosso ficheiro recém criado: .simple_personal_aliases adicionando no final do ficheiro essa linha de shell script que aparece nesta imagem. Isto é para que o .bashrc saiba onde encontrar o ficheiro que acabamos de criar e carrega-lo em cada momento que abrimos um novo terminal.
Opção 2: Criar ficheiros específicos para aliases em /home/usuario/.bashrc.d
Neste caso os ficheiros criados são guardados em ~/.bashrc.d e o source dos ficheiros é garantido por .bashrc como se vê na imagem abaixo.
Dicas Extras
- Utilize nomes de alias curtos, memoráveis e descritivos.
- Inclua comentários nos seus aliases para facilitar a compreensão sempre que os comandos sejam longos e mais complexos.
- Evite usar aliases para comandos simples ou já curtos.
Com os aliases, você transforma a linha de comando do Linux em uma ferramenta ainda mais poderosa e amigável. Domine essa técnica e desfrute de uma experiência de trabalho mais rápida, eficiente e personalizada!
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